À beleza da simetria prefiro a fragilidade da diferença. Só assim alcanço a tradução do mundo.
terça-feira, maio 22, 2007
Novo Intermezzo
"RONDO"(M0zart)-http://www.iep.uminho.pt/aac/sm/a2005/Mozart/música/Mozart-Rondo_From_SonataXVI_Turkish_Rondo.mid
"SONATA PARA PIANO"(Mozart)http://www.iep.uminho.pt/aac/sm/a2005/Mozart/música/Mozart-Piano_Sonata_1_1rd_mov.mid
(podia chamar-se "Pequena fuga para o Algarve")
segunda-feira, maio 21, 2007
As Sete Maravilhas
Todos elas maravilhas e a votos (clique no link se quiser participar), só sete serão eleitas as do Mundo actual. Apesar de Lisboa estar presente, sinto a falta de uma que "fale" português:
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História,
Memórias,
Património
sábado, maio 19, 2007
A propósito de pudores
Os "radicais" do tempo de Santo Agostinho entendiam que as mulheres - no Juízo final - só poderiam ressuscitar com corpo de homem para não tentarem os homens no ambiente celestial...
Mas, acreditem ou não, havia ainda aqueles que supunham que às mulheres não seria possível ressuscitar, pois precisavam de entregar a costela retirada ao Adão...
Injusto, o deus destes homens! Criava uma mulher pecadora, incompleta e dependente e, depois, nem a chance da compensação eterna...
Mas, acreditem ou não, havia ainda aqueles que supunham que às mulheres não seria possível ressuscitar, pois precisavam de entregar a costela retirada ao Adão...
Injusto, o deus destes homens! Criava uma mulher pecadora, incompleta e dependente e, depois, nem a chance da compensação eterna...
quarta-feira, maio 16, 2007
O Banho - estórias de pudores
"O Banho" - tela de Renoir
O prazer do banho é a moleza do corpo na suavidade da espuma, a carícia da água na curvatura da pele. Leveza perdida na expulsão uterina, protestada e revisitada. Prazer denso, estendido poro a poro, sem que o objectivo se distinga do processo. Públicos ou privados, de acordo com os tempos, desde a antiguidade.
No Impéro Romano houve períodos de liberdade total com mistura da nudez dos sexos, que os cristãos olharam como deboche. Ruínas romanas provam-nos hoje a disseminação da sua prática termal. Justiniano, imperador cristão, legislou contra esses locais impróprios e o seu Código permitia o repúdio da mulher que os frequentasse. Mais tarde, na Alta Idade Média, santo que se prezasse recusava o banho: o prazer negava a santidade...
Noutros períodos da Idade Média, no entanto, não havia esse pudor. No Palácio de Carlos Magno, banhavam-se cem ou mais em simultâneo, bem antes de se inventar o fato de banho. E os adultos tornavam-se cristãos atavés do baptismo, com imposição de banho em comum e nudez, simbolismo da pureza do corpo (apoio na obra de Jean-Claude Bologne).
terça-feira, maio 15, 2007
Centros e árvores
Imagem recebida por correio electrónico
"Caminhar no campo diminui depressão e aumenta auto-estima"- a ecoterapia segundo investigadores da Universidade de Essex, Departamento de Ciências Biológicas.
Desenganem-se as "madames" que pensam resolver as necessidades diárias de exercício indo fazer a volta das montras e dos centros comerciais, aconchegadas e ao abrigo das alterações climatológicas. Conheço muitas que, pedómetro em punho, contam os passos inúteis dessa rotina. Afinal, confirma-se que os efeitos desejados só se alcançam nos campos, ao ar livre. Aí sim, a depressão, a baixa-estima, o mau-humor são combatidos com um passeio a pé, diário, de 30 minutos.O que não me espanta, pois acresce que, nos parques, não entramos em permanente conflito com o apelo das compras desaconselhadas pela bolsa , mas que as montras estimulam...
Felizes os nossos antepassados, habitantes das florestas e domilicializados nas árvores, como o Aegyptopithecus zeuxis, o mais antigo antepassado comum de macacos, gorilas e humanos. Viveu, como o nome indica, no norte de África, há 29 milhões de anos, zona do Fayum, actual Egipto, então densamente florestada. Elwyn Simons, da " Duke University", estudou crâneos deste primata e conclui que o cérebro seria mais pequeno do que até agora se supôs,"com poucos neurónios". A grande evolução seria mais tardia ,há 28 milhões de anos(?). Nada indica, neste estudo, que tenha sofrido de depressão. Daí que me pareça da maior urgência a criação de um lobby pro-arborização das cidades, já que "Os Verdes" têm tido resultados inócuos...
segunda-feira, maio 14, 2007
Prefiro o pai
O Nuno Portas é um fascínio. Quer em si mesmo, quer pela maneira como "conversa" dos seus temas. Olhava-o procurando parecenças com a sua mediática prole. Marcas físicas, muitas. Facilidade e clareza no dicurso, também. Mas aquela mistura cativante de um saber de experiência feito, de profunda e conscienciosa maturidade na análise global, que ultrapassa o livresco, é qualidade de raros. Com ele, aprendemos melhor a olhar e amar as cidades sem as destruir, e também sem complexos ou preconceitos.
"Câmara-clara" tem outros atractivos, a salientar no panorama pobre do nosso leque televisivo. Parece-me pecar por um certo "pedantismo" exagerado da autora , desculpada pelo interesse e escolha dos assuntos e pela inveja que me provocam os seus olhos felinos...
Genes e obesidade
"Genes Take Charge, and Diets Fall by the Wayside"
A leitura deste estudo, referenciado no "New York Times", deprime qualquer interessado.
A leitura deste estudo, referenciado no "New York Times", deprime qualquer interessado.
sábado, maio 12, 2007
No Longe Azul
("Noite Estrelada " -Van Gogh)
No Longe Azul
onde a álea vermelha de macieiras caminha
com pés de raízes que escalam os céus,
ali se destila a saudade
pra todos que vivem no vale
*
O Sol, deitado à beira do caminho
com varinhas mágicas,
manda parar os viajantes.
*
E eles ficam quietos
no pesadelo vítreo,
enquanto o grilo raspa leve
no invisível
*
e a pedra dançando transforma
em música o seu pó.
*
NELLY SACHS in "Poemas-Gedichte"
sexta-feira, maio 11, 2007
Ínsone
(imagem de Fuseli,retirada Daqui) Estendo os braços e as mãos / e não alcanço / o que a mente sonha e apetece.
O mundo efervesce em tumultos vãos / que a humanidade, destroçada, nem entende.
Rumorejam em vagas discordantes, / anónimos de massa feitos e açaimados.
Lar, cidade, universo, o Sol já não chega.
quarta-feira, maio 09, 2007
terça-feira, maio 08, 2007
Volta ao Mundo em 30 (+1) linhas
Exercício de Reflexão e de Pontuação
(imagem Daqui)
Os cientistas reportam a maior explosão estelar jamais vista e até o Sol já não é o que pensávamos que fosse também parece que nada é já como era dantes veja-se o Sarkozy que venceu as eleições e vêm logo aqueles insatisfeitos gritar e espernear parece que não estão contentes mas então o homem não ganhou se calhar não confundi ou é o Bayrou que está confuso pois eu pensava que ele estava à direita do outro mas afinal não é bem assim mas também agora o que é que isso adianta se até a China está igual aos outros países todos que apregoam a paz e a solidariedade e depois é ver quem ganha mais a vender armas para ficarem mais poderosos e ajudarem os outros poderosos a livrarem-se dos mais fracos pois assim fica logo aí o caso resolvido e ficam só eles e pronto até podem passar mais tempo a descansar e a beber não importa que a bebida torne os cérebros mais reduzidos e para que querem eles umas grandes cabeças gastavam mais nos chapéus e tudo e talvez tivessem dificuldade em compreender os seus actos mais complexos como fizeram agora os irlandeses que resolveram unir esforços num governo único e esquecer as rivalidades entre católicos e protestantes o pior é se começam a beber lá se estraga tudo outra vez que é o que deve acontecer com aqueles que se dedicam ao tráfico de crianças mas eu metia-lhes logo a cabeça no copo tão pequenina deve ser e assim não tornavam a fazer mal a mais Madeleine nenhuma nem mesmo ao Estaline quando era aquela criança sensível que tanto gostava de camélias e da mãe que é quem o descreve assim pois pudera tem mãe que é cega já a mãe do João Jardim também deve ter sido mas o Sócrates como não é a mãe dele não sei se vai estar pelos ajustes com a aproximação que ele parece estar a preparar para ver se arranja mais uns cobres que agora iam dar geito depois daquelas despesas todas feitas lá na Madeira com eleições e festanças que nem a Universidade Independente nos gastos e na gestão que tem feito e a vai fazer perder o alvará que os do CDS tão silenciosa mas tenazmente procuram para apanharem a Câmara de Lisboa só que quando deixaram fugir a Zézinha Nogueira Pinto estavam ainda longe de saber que iam precisar tão cedo de arranjar um candidato e o Portas já foi e o Telmo é como se sabe nem a de Odivelas ganhou que chatice o que o Sá Fernandes foi arranjar agora ele que aguente.
segunda-feira, maio 07, 2007
Estórias
Tinha já (ainda) 16 anos e estava nas vésperas do exame de Filosofia. Data tão pouco própria para a minha imatura gata dar à luz a primeira ninhada, fruto de amores furtivos, aquando das escapadelas que fazia à socapa através do sótão e dos telhados vizinhos. De nada valiam as minhas prontas buscas ou os SOS lançados nas casas alheias pelos atribulados residentes, arranhados e assustados com o trinar de miados e "bbllfffiados". Ela tinha decididio "Viver" com maiúsculas e ser mãe. Para quê censuras se é esse, afinal, o nosso desejo último?! A caríssima podia era ter escolhido melhor a oportunidade. Para mais não se saíu bem da tarefa que devia ser gloriosa e que acabou por se traduzir em "choro e penas". A pobrezita pariu prematuros a conta-gotas. Consolava-me a ideia de que o último, por já ter pêlos e vir mais compostinho, iria resistir. Comi, estudei e dormi ao lado de ambos. No dia seguinte, colhi-lhe o último suspiro e carpi as minhas dores.
Safei-me bem do exame, apesar de tudo, mas, mais do que silogismos ou dúvidas metódicas, guardo o soneto nascido dessa dor.
*
Triste se chama o declinar do dia
Em que má sina a mim e a ti tocou
E nas garras da morte te levou
Tornando em noite escura o claro dia
......................(...).................................
A vida se evolou do teu corpinho
Deixando-me a chorar, silenciosa.
Com saudades de ti, meu pequenino.
*
Amei-te, Laçarote, e quero dar-te
A certeza de que sempre mais saudosa
A vida levarei a recordar-te.
*
Soneto patético da patética (melhor diria, sensível) adolescência que nos traça o percurso. Para lembrar com um compreensivo sorriso, já que os afectos ficaram.
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Afectos,
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Prosas íntimas
Ele há abraços e abraços
Habitualmente, reservo-me quanto ao conteúdo opinativo de Ferreira Fernandes, no DN. No entanto, merece-me muito interesse o artigo de hoje "Não há abraços de borla". Também me assustam alguns dos movimentos que promovem uma solidariedade muito gritada. A um abraço forçado, prefiro a acção real e discreta, soando menos a falso. Por hoje já me chegam as declarações patrióticas de Sarkozy. Estou para ver a sua forma de pagar "mencionada dívida" ao país que lhe acolheu a família. Tudo indica que com sinal contrário. O tempo o dirá. "Deus" proteja a França (e o mundo) de um outro Bush...
Também Tchaikovsky
(Lago dos Cisnes)
"Lago dos Cisnes", "Quebra-Nozes" - obras, entre tantas, a traduzir o génio deste compositor russo, também nascido a 7 de Maio, mas de 1840
Homenagem a Brahms
Nasceu no dia 7 de maio de 1833, em Hamburgo. Ainda criança, acompanhava o pai que ganhava a vida tocando nos bares e nas tavernas da cidade portuária . Mais tarde, foi considerado o sucessor de Beethoven.
domingo, maio 06, 2007
Vidas, Azares, Política e Alergias
Há dias em que tudo acontece. A descrença instala-se como um credo. Ainda ontem um avião caíu, as comadres se zangaram e um louco raptou um ser indefeso, já hoje o Sarkozy e aquele mimo de pessoa que é o Jardim vencem as respectivas. Freud, Jung e outros que tais devem ter explicações para esta adoração subserviente das massas pelos seus populistas domadores. Coisas de genes, talvez, e que me causam espirros como a Primavera.
Vou vingar-me na música.
sábado, maio 05, 2007
Egofonias
Folheando os teus poemas, velho amigo, chora-me a alma e pergunto-me porque é tão pérfida a vida que nos tira o que nos dá e nos balanceia na vanidade dos sonhos.
Parabéns a Você
D. Afonso III (1210) e D. João II (1455) partilham com o filósofo dinamarquês e pai do existencialismo, Kierkgaard (1813), bem como com o não menos famoso fundador do comunismo, Karl Marx1818) a honra de terem nascido a 5 de Maio, como a Pat.
Já Robespierre(1758) - cujo papel na Rev. Francesa me ensinou, por reacção, a odiar a violência qualquer que seja o pretexto -, Freud (1856), Rudolfo Valentino (1895), Orson Welles (1915) e Tony Blair (1953) dividem essa honra com a Xana a 6 de Maio.
Mas, claro, a honra é deles...
Memórias
Os dias caminham num ir lento.
Queimam-se num fogo frio, ao relento
de luares de indiferença e esquecimento
Queimam-se num fogo frio, ao relento
de luares de indiferença e esquecimento
num mundo carregado de amor e solidão.
A vida só em ti eu a senti,
só então despertou em mim a emoção
de viver, como se a vida fôra a ilusão
de existir eternamente só em ti.
A vida só em ti eu a senti,
só então despertou em mim a emoção
de viver, como se a vida fôra a ilusão
de existir eternamente só em ti.
*
(A.P.-um grito sem permissão)
sexta-feira, maio 04, 2007
Sadismo - Masoquismo
(imagem Daqui)
A ideia de que cada um tem o direito à liberdade de acção está muito "in", vem logo a propósio da lei do tabaco. Queixam-se alguns do excessivo rigor daquela, da sua parcialidade perante a brandura com que a justiça trata outros, como os toxicodependentes. Hoje mesmo, Fernanda Cãncio, no artigo do D. N. "A minha veia e os pulmões dos outros", faz alguma ironia emparelhando as duas questões, mas não me parecem passíveis de comparação. É que, quem se injecta, terá todo direito de se suicidar, mas não poderá, decerto, vir picar o braço alheio...
terça-feira, maio 01, 2007
A não esquecer
Na já longa história da humanidade, a apropriação do poder e o seu uso e abuso são constantes contra as quais homens e mulheres conscientes se têm erguido na construcção de um ideal de sociedade. É nesta linha que se recordam os trabalhadores de Chicago que, no 1º de Maio de 1886, perderam as vidas protestando contra a exploração do seu trabalho. Vivia-se em plena expansão da Revolução Industrial.
Hoje, a noção de trababalhador é mais lata, ultrapassou a do assalariado braçal. Mas o problema da desumanização do trabalho persiste, exige atenção e memória. Daí a pertinácia da celebração.
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