PICASSO, PICASSO,PICASSO

quarta-feira, novembro 28, 2007

quinta-feira, novembro 22, 2007

A Nossa Arca


Carrego o peso das minhas tendências culturais. A vista de olhos pelos jornais recalca o grito pelos crimes, acidentes, lutas - futebolísticas ou partidárias, nacionais ou internacionais - corrupções, e mil e uma outras tristezas. Por instinto de sobrevivência, muitas vezes, procuro abstrair-me das notícias ou aproveito-as como terapia. Lá fui eu ruminar o assunto, "a deixa" para histórias de todos nós, sempre a actualidade a chamar os ensinamentos passados. É o caso do artigo do jornal "Sol"- Dilúvio da Arca de Noé potenciou agricultura na Europa :"Partindo de evidências arqueológicas e datações por meio de carbono, os cientistas britânicos dizem que, na altura, uma placa de gelo que cobria a América do Norte derreteu (...) Com isto, o texto publicado no Quaternary Science Reviews indicia que a inundação, a criação de um canal entre os mares Mediterrâneo e Negro e o desenvolvimento da agricultura europeia de então, estão encadeados(...) "
Já Gilgamesh - herói épico assírio, que a lenda considera um semideus da cidade de Kullaba, no período de Ur, enlouquecido pela perda do seu amigo inseparável, Enkidu, vive variados perigos narrados num poema célebre, a maior criação poética anterior a Homero. Nele também se fala de uma grande inundação, como depois o fará a Biblia. Esta inundação, que passou à História com o nome de dilúvio, não terá sido a única a assolar a Mesopotâmia, mas sim a mais terrível. Na análise das camadas sedimentares da região, assinalam-se muitas e diferentes, correspondentes a diversos períodos.
Na época, a catástrofe regional foi, compreensilvelmente, considerada mundial. Na globalidade em que tudo, hoje, nos envolve, aquela devastação parece-nos "irrisória" e vêmo-la acontecer todos os dias, em tantos e tantos outros locais. Não consigo é vislumbrar uma arca.

Olhares - Pássaros II

enviada por correio electrónico - Armando



"los versos más tristes"

Pablo Neruda


(quase em oração)

quarta-feira, novembro 21, 2007

Olhares - Pássaros


enviada por correio electrónico - Armando

terça-feira, novembro 20, 2007

Olhares - também Arte

enviada por correio electrónico - Ana Costa

Percursos

Albufeira
d'Assis
Nestes dias de preciosa chuva, a alma grita-me saudades deste esplendor de cores e tepidez na pele.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Bem-vinda, Sofia


Amo Turner pelas suas aguarelas, a induzirem-me, contraditóriamente, serenidade e tempestades íntimas, numa confluência dos sentidos. Escolho aqui as tonalidades quentes e a presença do Sol, a abrir um caminho de luz, mar dentro, qual amuleto benfazejo no dia em que me tornei tia-avó . Ficarei velha?!

Humanidades

enviada pelo Fernando - correio eletrónico

Uma tela não de Turner, mas da vida.

O reporter sensibilizou-se com a filantropia desta mulher simples. Mas eu quero salientar, também, os laços que nos ligam ao pequenino representante da nossa ancestralidade, tão transparentes na imagem.

Pensando, Enredando Sombras...

Versos de Pablo Neruda
pintura de Pablo Picasso
Pensando, enredando sombras nesta profunda solidão
Também tu andas longe, ah mais longe que ninguém.
Pensando, soltando pássaros, desvanecendo imagens,
enterrando lâmpadas.
Campanário de brumas, que longe, lá no alto!

Afogando lamentos, moendo esperanças sombrias,
moleiro taciturno,
de bruços te vem a noite, longe da cidade.
.... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...
Tanta paixão de pranto agarrada ao meu corpo.
Sacudir de todas as raízes,
assalto de todas as ondas!
Rodava alegre, triste, interminável, a minha alma.

Pensando, enterrando lâmpadas nesta profunda solidão.
Mas quem és tu,quem és?

*
(Vinte Poemas de Amor e Uma Canção Desesperada)

O Amor em Qualquer circunstância


A imagem refere-se a " Away From Her", mas vem publicada no "New York Times", a propósito de trabalhos recentes, comprovando a importância do amor também na velhice e na doença (Love in the Time of Dementia).

domingo, novembro 18, 2007

O lado escuro

" Cada um de nós tem um lado escuro que nunca mostra a ninguém" - Mark Twain.

Por vezes mostramos. No ano de 1558, a 17 de Novembro, nascia a Idade Isabelina, tão importante na história da velha Inglaterra, coincidente com o Renascimento inglês, com Shakespeare e Marlowe, e com o apogeu do Império britânico. Isabel I, a admirável "Rainha Virgem", ao contrario do implacável Henrique VIII, seu pai, ocultou quase sempre esse lado sombrio, apesar das conspirações que rodearam a sucessão a Maria, a rainha sua irmã. Tornou a Inglaterra poderosa, esqueceu alguma felicidade pessoal, estendeu a sua memória a perder no tempo.
Mas hoje o aniversário é do lado lunar : em Jonestown, na Guiana, a 18 de Novembro de 1978, o fanático fundador do grupo religioso Tempo do Povo, Jim Jones, explorador ideológico, económico e sexual dos seus seguidores, quando percebeu dissidências e rebelião, julgou resolvê-las com a suposta beleza de um suicídio colectivo.

Em Tempo

A propósito de louras, já repararam que todas as nossas "loiras" andam a ficar morenas?

"Les blondes rendent les hommes plus bêtes"



Deparei-me com este artigo no "Le Soir" e agora percebo por que razão o Mundo - governado ainda maioritariamente por homens - vai de mal a pior, e o futuro nada risonho. Por isso, "mulheres ao poder": é que, loiras, cada vez há mais ...

Janelas algarvias


d'Assis

Composições

Estética de um património que resiste - Faro
d'Assis

Composições

"Exército" africano, meio desbaratado, num passeio de Lagos.
d'Assis

Composições


d'Assis
Praia da Rocha em Setembro - alternativas a uma tarde nublada.

sábado, novembro 17, 2007

Sol para todos

Gehard Knies é um cientista que sonha com o aproveitamento da luz solar como energia capaz de ultrapassar o papel do nuclear, merecendo, simultâneamente, a aura antibélica que a este foge. O futuro bem precisa de visionários consistentes, tão problemáticas andam as expectativas ambientais do nosso planeta. Veja-se, hoje, o interessante artigo do Le Monde: "Le Sahara générateur d'électricité ?"

"Les déserts chauds couvrent environ 36 millions de km2 sur les 149 millions de km2 de terres émergées de la planète, explique le physicien Gerhard Knies, inspirateur du projet TREC (Trans-Mediterranean Revewable Energy Cooperation). L'énergie solaire frappant chaque année 1 km2 de désert est en moyenne de 2,2 térawattheures (TWh), soit 80 millions de TWh par an. Cela représente une quantité d'énergie si considérable que 1 % de la surface des déserts suffirait pour produire l'électricité nécessaire à l'ensemble de l'humanité." Dès lors, il devrait être possible, en multipliant les centrales solaires dans le désert, d'alimenter les pays riverains. Voire les pays européens..."

Aqui para nós, parece-me é que, por este caminho, nem precisaremos de ir ao lado de lá..

sexta-feira, novembro 16, 2007