Uma comissão de parlamentares franceses visitou uma comunidade recém-descoberta nos Pirinéus-Atlânticos, onde os habitantes vivem isolados do mundo e dezoito crianças, dos seis aos dezasseis anos, não frequentam escolas. Na comunidade de Tabitha, no entanto, aprende-se a ler e um ocasional contacto com outras pessoas faz-se através da comercialização dos produtos que cultivam nos seus jardins ou hortas. Segundo aqueles, este isolamento inibe o desenvolvimento e cria nos jovens um compreensível medo do mundo exterior.
Reconheço os muitos aspectos negativos deste afastamento, a parcialidade de uma opção que lhes nega a apreensão da realidade total, coarctando o poder de escolha com conhecimento de causa. Mas, bem no meu íntimo, renasce uma invasiva simpatia por este "paraíso perdido". Tão irreal e utópico no conturbado mundo de hoje, leva-me ao bom selvagem rousseauniano e aos líricos devaneios utópicos de Fourier, tão do meu agrado nos tempos idos."Mea culpa".
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