José Sócrates e Zapatero reúnem-se em Espanha para discutir estratégias ibéricas relativas ao gás e à electricidade no mercado peninsular e às que deverão adoptar, em conjunto, face à agenda internacional; os caricaturistas brindam-nos com alusões que já nada têm que ver com "bons e maus ventos ou casamentos". De facto, segundo o El País, as estatísticas demonstram como as relações entre os dois países se vão estreitando a todos os níveis. Com ganho para Espanha, neste momento crítico da economia nacional, mas que, se devidamente aproveitadas, podem reverter também a nosso favor, assim ainda resista em nós o apregoado espírito de ousadia que ilustra os panegíricos da nossa História (e que ultrapasse o espírito imediatista e limitado do comércio "troca-tintas") . Para já, temos os 1,8 milhões de visitantes lusos à nossa vizinha do lado, as compras em Badajoz ou Ayamonte (e outras) com o inevitável enchimento do depósito da gasolina, o recurso a clínicas de saúde mais bem apetrechadas, a promessa de novos vôos directos a ligar as principais cidades espanholas ao Algarve e a do inevitável TGV - que, deixemo-nos de histórias, não é possível rejeitar - e as lojas que nos invadem, mas também possibilitam umas "roupitas" modernas e mais acessíveis. De rir a preocupação daqueles senhores (ao que parece com evidência para vários oficiais jubilados do exército) que apresentaram queixa do ministro Mário Lino, por traição: declarou-se iberista, afirmando que "a unidade histórica e cultural ibérica é uma realidade que persegue os governos espanhol e português".
Como, por vezes, podemos ser ridículos!
Sem comentários:
Enviar um comentário