Notícia do "Times" de hoje é a recuperação de mais um importante pedaço da história antiga através do luxuoso lupanar de Pompeia, cujos frescos eróticos acabam de ser restaurados. Direccionado para a élite de então, fornecia-se de belas e competentes jovens, sobretudo escravas de proveniência oriental. Os frescos informavam os clientes dos serviços em oferta, cujos preços eram expostos no exterior do edifício. Sem dúvida cumpria-se o lema "Goza enquanto podes".
Vem a propósito lembrar que a mítica Pompeia, situada na Câmpania, a sudeste de Nápoles, terá sido construída no séc. VI a. C. pelos Oscos. Sofreu infuências de Gregos e de Etruscos, além de outras, mas é sobretudo a influência grega que lhe dará o aspecto de cidade helenística. Colónia romana desde 80 a. C., tornou-se estância de veraneio para os romanos até à catástrofe que a eternizaria em pedra, mas matou a maioria dos seus habitantes. De facto, a erupção do Vesúvio em 79 soterrou-a completamente. Foi descoberta em 1748 e em 1806 as escavações arqueológicas tornaram-se sistemáticas, devolvendo à luz, gradualmente, um tesouro e um valioso contributo para o estudo de vários aspectos culturais da época por ser a única cidade antiga conservada quase intacta.
O escritor e erudito Plínio, O Velho, morreu quando fugia para a costa. A narrativa da catástrofe seria feita por seu sobrinho, Plínio, O Jovem, escritor e político romano, que além desse e de outros escritos nos deixou as suas "Epístolas", outro valioso documento para o estudo político da sua época.
Também alguém, perante a iminência da morte, pôde ainda escrever, na parede de uma casa de Pompeia, versos de Virgílio :" Todos se calaram..."
2 comentários:
La esta a velha expressao: "Carpe Diem"...
Mais um belo pedaco de historia. Obrigado!
Joao
Os jornais do dia deram a notícia, como se a payboy tivesse nascido no tempo dos romanos ...
Enviar um comentário