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Dei o giro do costume pela Fnac. Os livros, principalmente os livros, quem me dera ser o Marcelo para os conhecer a todos, hoje mal consigo avaliar, confundida na profusão de autores e obras - tão longe a época em que separávamos, rapidamente, o trigo do joio! E a atracção pelas tecnologias a arrastar-me inexoravelmente até às novidades do sector e perante elas me inclinar, seduzida e devota. Porém, estas linhas dedico-as ao António Lobo Antunes. Não vi ainda a última obra, mas a entrevista da Judite de Sousa. Uma conversa que me tocou, e deixou perplexa também. Sou das que acham que um homem é (também) a obra, mas não apenas isso. Por vezes, bem pior do que isso. A conduta pessoal de grandes autores já criou em mim anticorpos preconceituosos. Mas Lobo Antunes surpreendeu-me : de repente parece que o escritor se abriu ao homem, que está mais próximo, menos denso o casulo que o reveste, separando-o dos mortais. Bem vindo, escritor, ao mundo dos afectos.
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