"O Grito" - Eduard Munch
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Há os dias de olhar para trás. Sem balanços nessa mirada, tantas as luzinhas tremelicando em brilhos que inundam o caminho. Para mim é sempre assim. Cada ponto assombrando-me os passos, fantasmas que são carinhos a entretecer- me a vida e a história. Salpicos permanentes de afago e dor.
Não escolho as personagens que compõem o meu cenário. Todas se avolumam em séquito sem limites nem preferências. Abraço sem opções, o peito dorido no espanto de saber que, porque a todas amo, a todas traio, lhes forro as sombras com pedaços de alma que vou deixando pelo caminho. A própria identidade nesse amplexo.
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