PICASSO, PICASSO,PICASSO

sábado, janeiro 10, 2009

relembrar o passado em...

e revivê-lo...
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A cidade ainda não o era, mas já grande na dimensão dos olhos que a viam, avenida larga, jardim a estrear, coreto e música nas noites estreladas e quentes daqueles Verões. Tinha castelo e choupal, e até os velhos baloiços do parque são agora brinquedos da imaginação. Atirei-me de um deles, andamento moderado, é verdade, mas o que interessa é o pavor nos sentidos, vindo não sei de onde, talvez ainda memórias daquela tarde em que minha irmã, "a quase-mãe", deixou brotar as tentações naturais da idade, e me levou no colo às oscilantes alturas de onde planei directa para o chão. Ficou-me o trauma, por certo, que ainda hoje, baloiço e alturas, são vertigens com que não caso...
E a igreja onde me escondi, dois dias a fio, receosa das palmatoadas da D. Gertrudes. Professora exigente e arrebitada, pouco íntima das minhas timidezes e da displicência do meu pai na exigência dos materiais. Não me perdoou ser filha de "Dr"e não precisar das explicações domésticas e pagas. Vergou durante as provas finais, para me incitar a doirar-lhe o currículo com ansiada distinção. Consegui, para mérito e glória próprios.
O velho Tribunal, antigo Convento, lajes gastas pelos passos de tantos e tão diversos, vetusto claustro florido, orlado de campânulas lilases que, com desgosto, já não encontrei.
A velha e grande casa resiste. Grande ainda no tamanho e nas emoções que guarda.

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