31 de Julho
1703 - Daniel Defoe, escritor inglês, protestante e inconformista, num país transitóriamente católico e num mundo em profunda transformação,sofreu, neste dia, o desonroso castigo público do pelourinho.A causa estava nos seus panfletos contestatários, sobretudo no "The Shortest Way with Dissenters", onde atacava os tories anglicanos.
Destinado a uma vida religiosa, acabou por tentar os negocios,ao que parece, especulativamente. O jornaliasmo e as letras dominavam-no, mas só aos 60 anos, em 1719 ,o seu destino ficaria definitivamente traçado : "As Aventuras de Robinson Crusoe" marcaram a imaginação das gerações que se seguiram e transmitem,ao mesmo tempo, valores básicos da conduta humana , prevalecentes em situações de crise declarada e dela definidores. A sua obra futura manterá em comum esse traço de crise e solidão e 'reinventa' uma escrita com base em situações reais, trazendo à tona , nesse novo estilo, o berço jornalístico, o embrião de uma literatura de viagens.
1919 - Após a derrota na 1ª grande Guerra, a Alemanha viu-se forçada a negociar a paz, penosa nas condições e nas consequêncas. Ao abdicar, numa fase de profunda crise, o imperador e a aristocrática liderança militar atiraram o poder, e os problemas, para as mãos dos democratas. Nasceu assim a República de Weimar, desde sempre marcada por profundas dificuldades e desencantos, vias inevitáveis para o descontentamento que iria gerar o nazismo.