À beleza da simetria prefiro a fragilidade da diferença. Só assim alcanço a tradução do mundo.
quinta-feira, março 09, 2006
O Jardim e a Noite
Atravessei o jardim solitário e sem lua,
Correndo ao vento pelos caminhos fora,
Para tentar como outrora,
Unir a minha alma à tua,
Ó grande noite solitária e sonhadora.
Entre os canteiros cercados de buxo,
Sorri à sombra tremendo de medo.
De joelhos na terra abri o repuxo,
E os meus gestos foram gestos de bruxedo.
Foram os gestos dessa encantação,
Que devia acordar do seu inquieto sono
A terra negra dos canteiros
E os meus sonhos sepultados
Vivos e inteiros.
( Sophia M. Breyner Andersen, claro)
Hoje, estou farta de discursos, de análises, de cerimónias, de entrevistas, de bla-bla-bla-bla...
Hoje,apetece-me a tranquilidade,a solidão, a languidez. Hoje, hoje, eu quero a lua...
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3 comentários:
Sofia para aqui, Sofia para ali, perguntamo-nos se será saudades da boa poesia ou uma aversão doentia ao MST?
Nogueira
Nem uma coisa nem outra, meu caro Capitão de R. : que a poesia está na alma - daí não ter dela saudades,pois que a sinto - não tenho é a arte da Sophia ,que dela transbordava.
Very pretty design! Keep up the good work. Thanks.
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